A Identidade de Jesus
com o Deus da Vida
Irmãos e irmãs, no caminho do seguimento a
Jesus, em nossa vida concreta, encontramos hoje na liturgia, um ponto crucial:
reconhecer na pessoa e na ação de Jesus a ação do Deus da vida e não um pacto
com as forças do mal. No gesto libertador de Jesus revela-se que a comunhão com
o verdadeiro Deus e com sua vida se faz muito mais pelo bem do que pelo pecado,
que é o fechamento do coração.
Isso já se torna claro na primeira leitura,
quando a comunhão das criaturas com o Criador foi quebrada pela proposta do
pecado, e assim o homem criado para a comunhão íntima com Deus, dá lugar ao
pecado e a rebeldia. Deus, mesmo ofendido, já revela a primeira boa notícia da
salvação, quando amaldiçoando a serpente, o diabo, promete vitória a
descendência da mulher.
Jesus, no Evangelho, repropõe a comunhão com
Deus, e na sua ação se revela a vida, a libertação, a bondade e não o mal. O
grande pecado sem perdão é não reconhecer na ação de Jesus a ação de Deus e
atribuir seus feitos, que são realizados na força do Espírito Santo, ao
espírito do mal, chamando-o de demônio, e fechando-lhe o coração.
O homem forte que fala o Evangelho é o diabo,
mas Jesus é o homem mais forte que chegou e o amarrou destruindo sua casa. É
Jesus que vence o mal e destrói o inferno.
O perigo do fechamento do coração é se
colocar “do lado de fora” da comunidade dos ouvintes de Jesus, é assumir uma
posição egoísta, como fez a família de Jesus.
Como reconhecemos em Jesus Cristo a ação do
próprio Deus? Nós nos colocamos dentro da comunidade de Jesus Cristo e
acolhemos sua Palavra, ou nos colocamos do lado de fora?
Irmãos e irmãs, na Eucaristia reconhecemos a
presença real de Jesus, na mesa da Palavra nos fazemos ouvintes e na vida nos
fazemos praticantes.
Pe. Raimundo José
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