domingo, 10 de junho de 2018

HOMILIA DO 10º DOMINGO DO TEMPO COMUM


A Identidade de Jesus com o Deus da Vida

Irmãos e irmãs, no caminho do seguimento a Jesus, em nossa vida concreta, encontramos hoje na liturgia, um ponto crucial: reconhecer na pessoa e na ação de Jesus a ação do Deus da vida e não um pacto com as forças do mal. No gesto libertador de Jesus revela-se que a comunhão com o verdadeiro Deus e com sua vida se faz muito mais pelo bem do que pelo pecado, que é o fechamento do coração.

Isso já se torna claro na primeira leitura, quando a comunhão das criaturas com o Criador foi quebrada pela proposta do pecado, e assim o homem criado para a comunhão íntima com Deus, dá lugar ao pecado e a rebeldia. Deus, mesmo ofendido, já revela a primeira boa notícia da salvação, quando amaldiçoando a serpente, o diabo, promete vitória a descendência da mulher.

Jesus, no Evangelho, repropõe a comunhão com Deus, e na sua ação se revela a vida, a libertação, a bondade e não o mal. O grande pecado sem perdão é não reconhecer na ação de Jesus a ação de Deus e atribuir seus feitos, que são realizados na força do Espírito Santo, ao espírito do mal, chamando-o de demônio, e fechando-lhe o coração.

O homem forte que fala o Evangelho é o diabo, mas Jesus é o homem mais forte que chegou e o amarrou destruindo sua casa. É Jesus que vence o mal e destrói o inferno.

O perigo do fechamento do coração é se colocar “do lado de fora” da comunidade dos ouvintes de Jesus, é assumir uma posição egoísta, como fez a família de Jesus.

Como reconhecemos em Jesus Cristo a ação do próprio Deus? Nós nos colocamos dentro da comunidade de Jesus Cristo e acolhemos sua Palavra, ou nos colocamos do lado de fora?

Irmãos e irmãs, na Eucaristia reconhecemos a presença real de Jesus, na mesa da Palavra nos fazemos ouvintes e na vida nos fazemos praticantes.

Pe. Raimundo José
Pároco de São João XXIII

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