PLANO PASTORAL 2017-2019
Segundo as palavras do Papa Francisco, o modelo da Igreja para os tempos atuais é uma Igreja “em saída”. Nos últimos documentos da Igreja se fala de uma necessária conversão pastoral. Nesta chamada a urgentes mudanças sobressaem algumas considerações como os sinais do tempo. Vivemos numa mudança de Época e uma eventual transformação da Missão da Igreja. Estamos em uma mudança de época que atinge os próprios critérios de compreender a vida, tudo o que a ela diz respeito, inclusive a própria maneira de entender Deus.
Nesse contexto a Igreja
é enviada ao mundo “em todas as partes e em todas as situações” (AG 6),
portanto a todos os povos e não apenas a alguns. Para não poucas pessoas
a incerteza sobre como julgar a realidade e com ela interagir é muito grande. A
Igreja se encontra hoje numa situação de diáspora diante de um mundo: globalizado,
secularizado, pluricultural.
Qual o caminho? Começar
de novo. Diante dos desafios da mudança de época buscar uma base sólida para
enfrentá-los “voltando às fontes e recomeçar a partir de Jesus Cristo”
(DGAE 27); “Transformados por Jesus Cristo e comprometidos com o Reino de Deus”.
(DGAE 29). No atual período da história, marcado pela mudança de época, a missão
assume um rosto próprio, com, pelo menos, três características: urgência, amplitude,
inclusão.
Naquele “ide” do
Evangelho estão presentes os cenários e os desafios da missão, a
necessidade de sair da comodidade e ter
a coragem de alcançar todas as periferias. Ir sem demora, sem medo, sem
repugnância. Na palavra do Papa “Primeirear”: Envolver, acompanhar, frutificar,
festejar.
Ao entender a missão
como paradigmática e programática para a vida da Igreja, o
documento de Aparecida propõe as seguintes pistas de reflexão: A necessária metanóia
estrutural da Igreja em ordem à missão; “Pastoral em Conversão”: “Espero
que se esforcem para avançar no caminho da conversão pastoral e missionária que
não pode deixar as coisas como estão”. (EG
25); Estado permanente de Missão para mudar e aprofundar a consciência de si
mesma, ser fiel à própria vocação, necessitada de Reforma Perene e voltar à
fonte Original.
É preciso ouvir e
obedecer mais à Igreja e não privatizar a pastoral. “Não se trata de conceber a
atitude missionária ao lado de outros serviços ou atividades, mas de dar a tudo
que se faz um sentido missionário” (DGAE,35). “A conversão pastoral supõe
passar de uma pastoral ocupada apenas com as atividades internas da Igreja,
para uma pastoral que dialogue com o mundo. A paróquia missionária há de
ocupar-se menos com detalhes secundários da vida paroquial e focar-se mais no
que realmente propõe o Evangelho” (doc.100.CNBB,58).
A conversão pastoral que hoje tanto se almeja
não acontecerá com as velhas configurações eclesiais que possuímos. A Igreja
como casa da Iniciação à vida cristã encontra seu lugar de ação na instituição
paroquial, por isso, compreende-se que para a além da catequese toda a paróquia
deve ter um estilo catecumenal. A instituição catecumenal com seus devidos
passos se bem vividos leva toda a comunidade paroquial a um amadurecimento da
fé. A articulação de um plano pastoral que leve em consideração a Inspiração
catecumenal não pode ser simplesmente uma programação de eventos onde as forças
vivas trabalham separadamente, mas realização da tão desejada pastoral de
conjunto.
PRIORIDADES
PAROQUIAIS
Igreja em estado permanente de missão
- Reavivar o COMIPA –
Articulação da atividade missionária não de maneira eventual, mas dentro da
dinâmica do anúncio e em vista da comunidade;
- Intensificar
práticas missionárias – setorização, animação e espiritualidade missionária nos
zonais e paróquias;
- Cada grupo,
pastoral e movimento assumir a sua ação, saindo das estruturas fechadas e assumindo
a prática missionária, a partir do plano diocesano e/ou paroquial.
- Adotar o sistema Pró-ide como proposta
de animação missionária das Comunidades;
Igreja,
casa de Iniciação á vida cristã
Que atitudes urgentes e necessárias precisamos tomar em nossas paróquias e comunidades para que a catequese como iniciação à vida cristã forme discípulos (as) convictos de sua missão?
- Criar
a Comissão Paroquial da Iniciação à Vida Cristã;
Valorizar a Comunidade como o espaço natural da catequese, onde se
experiencia e celebra a fé;
- Investir na Catequese de inspiração Catecumenal: formação de
catequistas por zonais (oficinas), investir nos
materiais de formação: Bíblias, livros da catequese com inspiração catecumenal;
- Ampliar a formação para o
clero e a nível paroquial investir na formação também de pessoas para serem introdutores,
assim como, padrinhos e madrinhas.
- Multiplicar os grupos de adultos que se preparam para o
aprofundamento da fé a partir da experiência proposto pelo projeto de Iniciação
à Vida Crista de inspiração catecumenal e conferir os sacramentos da iniciação cristã
aqueles que ainda não os estiver recebido.
- Orientar para que a
preparação para os demais sacramentos seja de inspiração catecumenal,
objetivando à vivência e amadurecimento da fé católica.
- Iniciar nas paróquias os itinerários catequéticos de inspiração
catecumenal conforme as possibilidades da paróquia. (Lembra-se que esse
processo catequético de inspiração catecumenal exige uma catequese desde o
ventre materno até a velhice.
- Planejamento
catequético paroquial a partir do tempo litúrgico.
Igreja: comunidade de comunidades
O que fazer para criar, fortalecer e animar comunidades em nossas paróquias como espaço de vivência da fé e da vida?
- Fomentar a
necessária união entre comunidade e catequese, destacando que a primeira grande
catequista é a comunidade;
- Gerar setores
dentro das comunidades com a intenção de atingir as variadas famílias da
comunidade para facilitar a evangelização e a vivência da fé;
- Criar e
instituir os ministérios favorecendo aos leigos uma maior participação e
clareza missionária;
- Incluir os
movimentos no espírito missionário da comunidade.
- Reavivar os
conselho comunitários.
Igreja
misericordiosa e servidora
Que obras de misericórdia podemos e devemos colocar em prática para assistir e promover a vida e a dignidade de todos, principalmente os mais pobres?
- Fortalecer
a pastoral da pessoa idosa e favorecer experiência espiritual.
- Fortalecer a
ação social intensificando o atendimento às famílias mais empobrecidas através
das visitas missionárias sendo-lhes misericordiosos (inclusive às outras
pastorais de cunho social tais com: Pastoral da Saúde, Pastoral da Criança,
Pastoral da Pessoa Idosa, Pastoral ); tornando o projeto social reconhecido como
uma ação da Igreja Diocesana.
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