HOMILIA DO 6º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Caríssimos
irmãos e irmãs, reunidos na celebração de nossa páscoa semanal. Estamos
vivenciando o sexto domingo do tempo comum. O Espírito Santo que inspirou as
escrituras nos oferece também sua assistência divina para acolhermos a Palavra
que foi proclamada e abre o nosso coração para acolhermos a mensagem que o
próprio Deus desejou transmitir. A mensagem central da liturgia da Palavra hoje
é a afirmação de Jesus Cristo, “eu quero, fica curado”. Deus quer curar-nos de
nossas enfermidades, do pecado e nos inserir na comunidade, na convivência
harmoniosa.
Na
primeira leitura fica muito claro pela lei do Levítico que o leproso é alguém
impuro. A lepra causava dois tipos de mal, a exclusão da comunidade religiosa e
da convivência social. Assim, o leproso era considerado alguém de nível menor,
impuro, pecador. Enquanto na leitura o assunto da impureza diz respeito á
lepra, no salmo a compreensão de que Deus nos liberta de nossos pecados se a
Ele nós confessarmos nossas fraquezas.
No
início do ministério público de Jesus os seus atos messiânicos manifestam o
Reino de Deus que chegou, e para o evangelista Marcos isso é bem enfático pela
quantidade de milagres e libertações que Jesus realiza. Sempre encontramos o
milagre que ele faz e sua insistente recomendação de que o beneficiado não
conte a ninguém o que aconteceu. O segredo messiânico de Jesus era para ir de
encontro a uma mentalidade muito difundida na palestina sobre um messias
triunfalista e político. Jesus liberta as pessoas do mal, mas pede segredo para
que sua missão não fosse logo de início confundida com a mentalidade presente.
Na cura do homem leproso vemos bem claramente o que significa a lei da impureza
que era ordenada pela religião dos judeus e até o tipo de sacrifício que
deveria se oferecer se alguém ficasse curado de lepra. Muito parecido com o que
foi dito na primeira leitura.
Jesus
permite que o homem leproso “chegue perto” dele. Isso não podia acontecer,
pois, quem tocasse em um impuro também ficava impuro. Cheio de compaixão Jesus estendeu a mão e
tocou nele. O terceiro ato de Jesus é um desejo que liberta pelo poder de sua
palavra, “Eu quero: fica curado”! Observemos, irmãos e irmãs, estes gestos de
Jesus: proximidade, toque, desejo. O que a Palavra sugere? O que nos diz os
gestos de Jesus? Para o tempo de pandemia que estamos tristemente vivendo esta
palavra nos diz muito.
Como
imitadores de Cristo, como dizia São Paulo na leitura segunda, sejamos também
sujeitos que se fazem próximos dos outros. Que o Senhor nos fortaleça para
termos a mesma coragem de querer e libertar as pessoas do isolamento e do
pecado.
Em
Cristo,
Pe.
Raimundo José
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