sábado, 13 de fevereiro de 2021

HOMILIA DO 6º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 


HOMILIA DO 6º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Caríssimos irmãos e irmãs, reunidos na celebração de nossa páscoa semanal. Estamos vivenciando o sexto domingo do tempo comum. O Espírito Santo que inspirou as escrituras nos oferece também sua assistência divina para acolhermos a Palavra que foi proclamada e abre o nosso coração para acolhermos a mensagem que o próprio Deus desejou transmitir. A mensagem central da liturgia da Palavra hoje é a afirmação de Jesus Cristo, “eu quero, fica curado”. Deus quer curar-nos de nossas enfermidades, do pecado e nos inserir na comunidade, na convivência harmoniosa.

Na primeira leitura fica muito claro pela lei do Levítico que o leproso é alguém impuro. A lepra causava dois tipos de mal, a exclusão da comunidade religiosa e da convivência social. Assim, o leproso era considerado alguém de nível menor, impuro, pecador. Enquanto na leitura o assunto da impureza diz respeito á lepra, no salmo a compreensão de que Deus nos liberta de nossos pecados se a Ele nós confessarmos nossas fraquezas.

No início do ministério público de Jesus os seus atos messiânicos manifestam o Reino de Deus que chegou, e para o evangelista Marcos isso é bem enfático pela quantidade de milagres e libertações que Jesus realiza. Sempre encontramos o milagre que ele faz e sua insistente recomendação de que o beneficiado não conte a ninguém o que aconteceu. O segredo messiânico de Jesus era para ir de encontro a uma mentalidade muito difundida na palestina sobre um messias triunfalista e político. Jesus liberta as pessoas do mal, mas pede segredo para que sua missão não fosse logo de início confundida com a mentalidade presente. Na cura do homem leproso vemos bem claramente o que significa a lei da impureza que era ordenada pela religião dos judeus e até o tipo de sacrifício que deveria se oferecer se alguém ficasse curado de lepra. Muito parecido com o que foi dito na primeira leitura.

Jesus permite que o homem leproso “chegue perto” dele. Isso não podia acontecer, pois, quem tocasse em um impuro também ficava impuro.  Cheio de compaixão Jesus estendeu a mão e tocou nele. O terceiro ato de Jesus é um desejo que liberta pelo poder de sua palavra, “Eu quero: fica curado”! Observemos, irmãos e irmãs, estes gestos de Jesus: proximidade, toque, desejo. O que a Palavra sugere? O que nos diz os gestos de Jesus? Para o tempo de pandemia que estamos tristemente vivendo esta palavra nos diz muito.

Como imitadores de Cristo, como dizia São Paulo na leitura segunda, sejamos também sujeitos que se fazem próximos dos outros. Que o Senhor nos fortaleça para termos a mesma coragem de querer e libertar as pessoas do isolamento e do pecado.                                              

 

Em Cristo,

Pe. Raimundo José

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