sábado, 30 de janeiro de 2021

HOMILIA DO 4º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO B/ 2021

 


JESUS ENSINA E LIBERTA - 4º Domingo do Tempo Comum

31 de Janeiro de 2021

 

Amados irmãos e irmãs, estamos hoje reunidos para celebrar o dia do Senhor e neste quarto domingo do tempo comum, o Senhor nos convida a aderir ao projeto de libertação que Ele nos trouxe através de seu filho Jesus Cristo. Nos domingos anteriores ouvimos o convite da Palavra para sermos seguidores de Jesus Cristo e acolhermos o Reino que Ele trouxe para todos nós. Neste domingo, o quarto do tempo comum, temos a alegria de fazer parte do novo projeto de libertação que Deus Pai revelou através de seu filho Jesus Cristo e estamos felizes porque O Senhor nos convidou para estarmos aqui para ouvir a sua Palavra e participar do banquete da eucaristia.

Jesus Cristo inaugurou o seu messianismo libertando os homens das amarras do demônio como que testificando a sua Palavra. Em Jesus Cristo não apenas a Palavra é causa de espanto, mas os seus atos, que revelam a sua divindade. Assim, temos duas dimensões nesta liturgia: a Palavra de Jesus Cristo que causa espanto em seus interlocutores e a ação libertadora de Jesus Cristo, que liberta o homem possuído por um espírito impuro.  

Na primeira leitura de hoje, escutamos a promessa de Deus na qual será enviado depois de Moisés um profeta semelhante à ele, que iria transmitir ao povo a Palavra. Para os judeus o maior profeta que já existiu foi o próprio Moisés, pois ele deu a lei, assim, é um convite insistente para o povo da antiga aliança de acolher a Palavra de Moisés e a promessa de Deus de que irá enviar um profeta semelhante. No Salmo que cantamos também refletimos esta mensagem da acolhida da Palavra de Deus. 

Partindo do Evangelho para as outras leituras desta liturgia da Palavra, compreendemos que no início do Ministério público de Jesus, segundo o evangelista São Marcos, Ele inaugura o Reino e seus atos de Messias testificam a sua Palavra que tem poder e autoridade. Diante de seus primeiros discípulos na sinagoga de Cafarnaum, faz dois atos que formam o coração desta liturgia: o primeiro é que ele fala diferentemente dos doutores da lei e o segundo é que o milagre operado na vida do homem possuído pelo demônio confirma a sua Palavra poderosa. Essas duas ações do Cristo são respondidas com atitudes diferentes, por exemplo, as pessoas dizem “um ensinamento novo” [...] “que Palavra é esta? Um ensinamento novo dado com autoridade”. E da parte do demônio uma resistência: “Vieste para nos destruir”? Eu sei quem Tu és, Tu és o Santo de Deus”. Como é próprio do Evangelista Marcos guardar o segredo de que Jesus é o Messias, no início de seu ministério público, Cristo não permite que nem os discípulos, nem nenhum demônio, digam a sua identidade messiânica.  

A grande novidade que Jesus Cristo trouxe foi não apenas ler as escrituras, mas ele mesmo ser a novidade revelada a nós como Palavra definitiva de Deus. Os atos messiânicos de Jesus, neste caso a libertação de um possuído por um demônio, são a confirmação de que o messias veio para libertar os homens do mal. Esta acolhida da novidade que Jesus Cristo trouxe, funciona como um paradigma da pertença ao Reino e a este Reino deve ser submetido todos os valores terrenos, até mesmo os melhores como o matrimônio, lembrou o Apóstolo Paulo na segunda leitura de hoje.

Irmãos e irmãs, levemos em nossos corações desta liturgia duas considerações: reconhecer Jesus Cristo como profeta enviado do Pai e se fascinar por sua Palavra; Permitir que Jesus Cristo nos liberte do espírito do egoísmo e da autossuficiência.  

 

Pe. Raimundo José

Pároco/ Paróquia São João XXIII

 

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