JESUS ENSINA E LIBERTA - 4º Domingo do Tempo Comum
31
de Janeiro de 2021
Amados irmãos e irmãs, estamos
hoje reunidos para celebrar o dia do Senhor e neste quarto domingo do tempo
comum, o Senhor nos convida a aderir ao projeto de libertação que Ele
nos trouxe através de seu filho Jesus Cristo. Nos domingos anteriores
ouvimos o convite da Palavra para sermos seguidores de Jesus Cristo e
acolhermos o Reino que Ele trouxe para todos nós. Neste domingo,
o quarto do tempo comum, temos a alegria de fazer parte do novo
projeto de libertação que Deus Pai revelou através de seu filho Jesus Cristo e
estamos felizes porque O Senhor nos convidou para estarmos aqui para ouvir a
sua Palavra e participar do banquete da eucaristia.
Jesus Cristo inaugurou o seu
messianismo libertando os homens das amarras do demônio como que testificando a
sua Palavra. Em Jesus Cristo não apenas a Palavra é causa de espanto,
mas os seus atos, que revelam a sua divindade. Assim, temos duas
dimensões nesta liturgia: a Palavra de Jesus Cristo que causa
espanto em seus interlocutores e a ação libertadora de
Jesus Cristo, que liberta o homem possuído por um espírito impuro.
Na primeira leitura de hoje,
escutamos a promessa de Deus na qual será enviado depois de Moisés um profeta
semelhante à ele, que iria transmitir ao povo a Palavra. Para os judeus o maior profeta
que já existiu foi o próprio Moisés, pois ele deu a lei, assim, é um convite
insistente para o povo da antiga aliança de acolher a Palavra de Moisés e a promessa
de Deus de que irá enviar um profeta semelhante. No Salmo que cantamos também
refletimos esta mensagem da acolhida da Palavra de Deus.
Partindo do Evangelho para as
outras leituras desta liturgia da Palavra, compreendemos que no início do
Ministério público de Jesus, segundo o evangelista São Marcos, Ele inaugura o Reino
e seus atos de Messias testificam a sua Palavra que tem poder e
autoridade. Diante de seus primeiros discípulos na sinagoga de Cafarnaum, faz
dois atos que formam o coração desta liturgia: o
primeiro é que ele fala diferentemente dos doutores da lei e o segundo é que o
milagre operado na vida do homem possuído pelo demônio confirma a sua
Palavra poderosa. Essas duas ações do Cristo são respondidas com
atitudes diferentes, por exemplo, as pessoas dizem “um ensinamento novo” [...]
“que Palavra é esta? Um ensinamento novo dado com autoridade”. E da parte do
demônio uma resistência: “Vieste para nos destruir”? Eu sei quem Tu
és, Tu és o Santo de Deus”. Como é próprio do Evangelista Marcos guardar o
segredo de que Jesus é o Messias, no início de seu ministério público, Cristo
não permite que nem os discípulos, nem nenhum demônio, digam a sua
identidade messiânica.
A grande novidade que Jesus
Cristo trouxe foi não apenas ler as escrituras, mas ele
mesmo ser a novidade revelada a nós como Palavra definitiva de
Deus. Os atos messiânicos de Jesus, neste caso a libertação de um possuído
por um demônio, são a confirmação de que o messias veio para libertar os
homens do mal. Esta acolhida da novidade que Jesus Cristo trouxe,
funciona como um paradigma da pertença ao Reino e a este Reino deve ser
submetido todos os valores terrenos, até mesmo os melhores como o matrimônio, lembrou
o Apóstolo Paulo na segunda leitura de hoje.
Irmãos e irmãs, levemos em nossos
corações desta liturgia duas considerações: reconhecer Jesus Cristo como profeta
enviado do Pai e se fascinar por sua Palavra; Permitir que Jesus Cristo
nos liberte do espírito do egoísmo e da autossuficiência.
Pe. Raimundo José
Pároco/ Paróquia São João XXIII
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