segunda-feira, 11 de maio de 2020

HOMILIA DO 2° DOMINGO DA PÁSCOA

Os dons  do ressuscitado  –  dia 19 de  abril  (Domingo da Misericórdia) JO 20, 19-31

Queridos  irmãos  e  irmãs,  neste  segundo  domingo  da  Páscoa,  o  domingo  da misericórdia, a  Palavra  que  o Senhor  nos deu  confirma  para  nós  a  nossa alegria  e  certeza da  ressurreição  de  Jesus  como  ponto  principal  de  nossa  fé  cristã.  Desejo  brevemente  em três passos trazer para  nossos corações os tesouros  da  palavra  que  ouvimos.    A  realidade  da  ressureição  –  O  ressuscitado  aparece  aos  seus  discípulos  estando  as portas  fechadas.  O  corpo  ressuscitado  de  Jesus  é  um  corpo  verdadeiro,  mas  a  realidade desse  corpo  glorioso  não  sabemos  dizer  como  é.  Sabemos  que  o  ressuscitado  não  se limita  mais  a  espaços  físicos  e  questões  somáticas,  a  realidade  da  ressurreição  o  coloca noutra  dimensão  corpóreo  e  real.  Esta  nova  dimensão  do  ressuscitado,  deixando  os pormenores,  não  constitui  um  problema  de  fé.  A  Igreja  acredita  na  ressurreição  de  Jesus Cristo  e  em  nossa  ressurreição,  embora  não  saiba  explicar  como  se  dará.  A  fé  não  dá lugar para  vans especulações.   Os  dons  do  ressuscitado  -  O  ressuscitado  deu  aos  seus  discípulos  três  dons.    O  dom  da paz,  “a  paz  esteja  convosco”.  Por  três  vezes  Jesus  Cristo  diz  esta  palavra,  significa  que ele  é  nossa  paz  como  diz  na  escritura.  O  Shalom  do  Pai,  a  realização  de  todas  as  suas promessas  de  bênçãos.  O  dom  do  Espírito,  “recebei  o  Espírito  Santo”.  Para  o  quarto evangelho  a  doação  do  Espírito  acontece  no  mesmo  dia  da  ressurreição  e  fruto  pascal.  O dom  da  reconciliação,  “a  quem  perdoar  os  pecados...”.  O  Espírito  é  dado  para  realizar  a reconciliação  com  Deus  pelo  perdão  dos  pecados.  Podemos  também  chamar  este  dom de  misericórdia.   A  bem-aventurança  da  fé  –  A  fé  em  Cristo  ressuscitado  se  vive  na  comunidade,  se colocar  de  fora  é  abrir  espaço  para  a  incredulidade.  Tomé  não  estava  na  comunidade quando  o  Senhor  veio.  Ele  não  crer  se  não  tocar,  pegar,  experimentar,  tirar  suas conclusões. Por  sua incredulidade  outra  vez  o  ressuscitado aparece  (oito dias depois),  ou seja,  no  domingo,  dia  da  reunião  da  comunidade.  Repete  para  Tomé  o  dom  da  Paz  e  o chama  para  a  fé.  “Bem  aventurados  os  que  creem  ser  ter  visto”.  Aqui  o  evangelho  dá  lugar  para  nós,  não  vimos  o  Senhor  como  os  apóstolos,  O  vemos  pela  fé  e  por  isso somos felizes.   A  celebração  da  Páscoa  nos  anima  o  coração  para  uma  fé  cada  vez  mais  alicerçada  na Palavra  e  a  presença  de  Jesus  Cristo  na  Eucaristia  é  nosso  tesouro  maior.  Por  isso,  caros fieis,  nesta  liturgia  do  domingo  da  divina  misericórdia  bebamos  da  fonte  do  mistério pascal e  recebamos os dons do ressuscitado.   “Em  tudo  submeto-me  a  Deus  com  confiança  inabalável.”  (Santa  Faustina  kowalska  D.1400 )

Padre Raimundo José Ribeiro da Silva
Pároco da Paróquia São João XXIII

Nenhum comentário:

Postar um comentário