Irmãos e irmãs estamos celebrando o quinto domingo da quaresma. Vale lembrar o esquema
dos últimos domingos: Cristo, fonte de água viva que sacia a humanidade; Cristo, luz do mundo que
vence as trevas. Hoje na última catequese que nos prepara para a Páscoa vamos refletir sobre Cristo
que é doador da vida.
Nas proximidades da festa da Páscoa o episódio do evangelho hoje é a
passagem de São João capítulo onze. O capítulo onze funciona como um prenúncio do que virá a
ser a morte e a ressurreição de Jesus, já o capitulo doze é a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.
A ressurreição do amigo Lázaro é o último grande sinal antes da última hora.
Volta de Cristo a Betânia (Jo 11, 1-16).
Na última viagem que Jesus fez a Jerusalém a
disputa com os fariseus cresceu de maneira muito acirrada. Betânia fica nos arredores de Jerusalém
e com a noticia da morte de Lázaro, Cristo diz que vai a Judeia mais uma vez. Nestes versículos
evidencia-se a temática da luz e das trevas, característica do evangelista João. “Lázaro não morreu
está dormindo”. Com esta fala os discípulos imaginam falar de sono, descanso, mas Jesus afirma,
Lázaro está morto.
Muito interessante é que um dos discípulos diz: “vamos também nós para morrer
com ele”. O clima não é fácil.
Conversa de Cristo com Marta e Maria (Jo 11, 17-37). Cristo vai a aldeia onde mora Marta e
Maria, irmãs de Lázaro. Marta nem espera, vai logo se encontrar com Jesus. Em sua conversa com
o mestre revela uma fé simples na pessoa de Jesus e acredita, como os judeus, que os mortos iriam
ressuscitar no último dia.
Este ensinamento judaico colocava a expectativa de uma ressurreição
futura, mas não se atribuía ao Messias, que esperavam, que ele fosse o realizador de uma
ressurreição terrena. Nesse contexto vem a frase célebre, que é o coração dessa liturgia: “Eu sou a
ressurreição e a vida, aquele que crê em mim, mesmo que morra viverá. E todo aquele que vive e
crê em mim não morrerá jamais”. (Jo 11, 26).
O clímax da revelação da pessoa de Jesus está na fala
de Marta: “Sim Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus que devia vir a
este mundo”.
Ressurreição de Lázaro (Jo 11, 38-44). A morte de Lázaro foi uma oportunidade para a
manifestação da glória de Deus. Jesus Cristo opera dois milagres: a ressurreição da morte e que ele
saia e ande.
A palavra empregada é bem enfática: desatai-o e deixai ir. Jesus Cristo é a ressureição e
a vida.
Senhor Jesus, proclamamos a tua glória, porque em Ti irradia a luz da vida e da ressurreição:
associaste-te aos nossos lutos, chamas os teus amigos a sair dos seus túmulos, Tu arrancou-os do
sono da morte.
Nós Te pedimos: desperta em nós a fé. Tu que libertaste Lázaro das ligaduras,
liberta-nos dos laços que nos paralisam diante do próximo.
Pe. Raimundo José Ribeiro da Silva
Pascom
Paróquia São João XXIII
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