A AÇÃO DO ESPÍRITO
SANTO
Nos Atos dos Apóstolos, o Espírito Santo é claramente o
verdadeiro protagonista da pregação e da atuação dos apóstolos. A exegese
bíblica do Evangelho de Lucas mostra bem o deslocamento do protagonista, isto
é: o papel fundante vai de Jesus ao Espírito Santo. No fim do seu evangelho,
Lucas evidencia as instruções dadas por Jesus aos apóstolos de não se afastarem
de Jerusalém. É uma recomendação firme de Jesus que eles aguardem o cumprimento
da promessa do Pai para serem batizados com o Espírito Santo de Deus. Isto é o
ponto de partida.
No acontecimento de Pentecostes, Pedro já coloca o Espírito
santo no centro da sua pregação e interpreta as palavras do profeta Joel,
ligando-as ao envio do Espírito Santo. Pedro destaca a universalidade da nova
assembleia. Os diferentes grupos humanos são unificados pelo Espírito Santo e
falarão depois somente a língua do amor, e não mais diversas línguas
anteriores. Viverão no reino de Deus e não mais em impérios religioso-políticos
sem resultados.
Em seguida, o Espírito Santo age na atuação missionária de
Filipe e depois do batismo do eunuco o arrebata do lugar (At 8, 29 – 39). Conforme
a promessa de Joel: “Depois disto derramarei o meu espírito sobre toda carne.
Vossos filhos e vossas filhas vão profetizar, vossos anciãos terão sonhos e
vossos jovens terão visões. Mesmo sobre os escravos e sobre as escravas,
naquele dia, derramarei o meu Espírito”.
Paulo e Barnabé foram escolhidos pelo Espírito Santo para a
missão (“... disse-lhes o Espírito Santo: separai-me Barnabé e Saulo para a
obra, à qual os destinei” – At 13, 2). E mais adiante: “Enviados pelo Espírito Santo,
desceram até Selêucia de onde navegaram para Chipre” (At 13, 4).
No Concílio dos apóstolos em Jerusalém, o Espírito Santo foi
reconhecido como protagonista das decisões: “De fato, pareceu bem ao Espírito Santo
e a nós não vos impor nenhum outro peso além destas coisas necessárias” (At 15,
28). O Espírito Santo age então, conforme a interpretação de Lucas, intimamente
ligado às ações de Jesus. Ele guia a história, então os fatos que acontecem não
são mais do que acontecimentos sociais e políticos em sequência, pois são
penetrados pela força do Espírito santo e são conduzidos por seu santo modo de
operar.
Segundo
São Basílio de Cesaréia: A natureza do Espírito se sabe mais pelo sua atividade
(Dínamis).
ü Divindade
do Espírito (natureza mais alta)
ü Verdade
atrás de muitos anúncios.
ü Sem
corporeidade e forma.
ü Estável na
substância, sem alterações.
ü Substância
que carrega dons e poderes.
ü Pode
completar outros (pessoa).
ü Fonte de
santificação.
ü Completo em
tudo.
ü Recriador –
criador.
ü Partilhado
sem desgaste.
ü Faz ver o
futuro.
ü Doador de
dons.
Pároco de São João XXIII
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