Amados irmãos e irmãs, hoje dia do
Senhor, celebramos o quarto domingo da quaresma, o domingo da alegria. A
salvação já se aproxima e enche nossos corações de alegria, pois o Senhor mesmo
é nossa luz e nossa vida.
Ouvimos na Palavra de Deus da
primeira leitura que o povo de Deus cativo na Babilônia ganhou a libertação e
feliz pôde fazer o regresso a sua terra natal. Ciro, o rei da Pérsia, movido
por Deus libertou o povo e a alegria contou de conta de seus corações. No salmo
que cantamos o salmista no desespero de estar longe de sua terra faz uma
promessa: “que se prenda a minha língua ao céu da boca se de ti Jerusalém eu me
esquecer”.
No evangelho de São João que foi
proclamado, capitulo terceiro, a alegria é reconhecida pela ação do Pai de
enviar seu Filho ao mundo. O Filho de Deus é a imagem verdadeira da salvação e
Nele estar a fonte da vida, e quando for levantado da terra se tornará causa de
salvação para todos. Moisés levantou a serpente, sinal de morte, se a tornou
sinal de vida para os israelitas. O Filho de Deus levantado da terra na cruz,
sinal de condenação, se tornará salvação para todos. A pergunta inquietante é:
Por que o Pai aceita esta oferta do Filho que entrega sua vida? Temos duas
respostas.
“Deus amou tanto o mundo que Deus o seu Filho único para que todos os que
nele creem tenham a vida”.
“Deus enviou seu Filho ao mundo não para condenar o mundo, mas para que
seja salvo por Ele”.
Da primeira resposta podemos dizer
que a única ação do Pai que justifica sua acolhida da entrega do Filho é o amor
que Deus tem por nós. Somente porque Deus nos tem tanto amor Ele nos dá seu
Filho como vida e salvação. Na segunda resposta se estabelece um julgamento
totalmente diferente, onde o juiz não é Deus, mas cada pessoa que acolhe ou não
o Filho. O julgamento já estar estabelecido: “a luz veio ao mundo”. Acolher ou
não a luz é critério de salvação.
Na liturgia de hoje a alegria é a
palavra-chave pois Jesus no evangelho é apresentado como luz e vida dos homens.
Estejamos sempre alegres pela salvação operada em nossa vida pela acolhida que
já fizemos de Jesus Cristo.
Padre Raimundo José
Pároco de São João XXIII
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