Tendo
recebido a Ordenação episcopal a 19 de Março de 1925, em Roma, iniciou o seu
ministério na Bulgária, onde permaneceu até 1935. Visitou as comunidades
católicas e cultivou relações respeitosas com as demais comunidades cristãs.
Atuou com grande solicitude e caridade, aliviando os sofrimentos causados pelo
terremoto de 1928. Suportou em silêncio as incompreensões e dificuldades de um
ministério marcado pela táctica pastoral de pequenos passos. Consolidou a sua
confiança em Jesus crucificado e a sua entrega a Ele.Em 1935 foi nomeado
Delegado Apostólico na Turquia e Grécia: era um vasto campo de trabalho. A
Igreja tinha uma presença ativa em muitos âmbitos da jovem república, que se
estava a renovar e a organizar. Mons. Roncalli trabalhou com intensidade ao
serviço dos católicos e destacou-se pela sua maneira de dialogar e pelo trato
respeitoso com os ortodoxos e os muçulmanos. Quando irrompeu a segunda guerra
mundial ele encontrava-se na Grécia, que ficou devastada pelos combates. Procurou
dar notícias sobre os prisioneiros de guerra e salvou muitos judeus com a
"permissão de trânsito" fornecida pela Delegação Apostólica. Em 1944
Pio XII nomeou-o Núncio Apostólico em Paris. Durante os últimos meses do
conflito mundial, e uma vez restabelecida a paz, ajudou os prisioneiros de
guerra e trabalhou pela normalização da vida eclesial na França. Visitou os
grandes santuários franceses e participou nas festas populares e nas
manifestações religiosas mais significativas. Foi um observador atento, prudente
e repleto de confiança nas novas iniciativas pastorais do episcopado e do clero
na França. Distinguiu-se sempre pela busca da simplicidade evangélica,
inclusive nos assuntos diplomáticos mais complexos. Procurou agir sempre como
sacerdote em todas as situações, animado por uma piedade sincera, que se
transformava todos os dias em prolongado tempo a orar e a meditar. Em 1953 foi
criado Cardeal e enviado a Veneza como Patriarca, realizando ali um pastoreio
sábio e empreendedor e dedicando-se totalmente ao cuidado das almas, seguindo o
exemplo dos seus santos predecessores: São Lourenço Giustiniani, primeiro
Patriarca de Veneza, e São Pio X. Depois da morte de Pio XII, foi eleito Sumo
Pontífice a 28 de Outubro de 1958 e assumiu o nome de João XXIII. O seu pontificado,
que durou menos de cinco anos, apresentou-o ao mundo como uma autêntica imagem
de bom Pastor. Manso e atento, empreendedor e corajoso, simples e cordial,
praticou cristãmente as obras de misericórdia corporais e espirituais,
visitando os encarcerados e os doentes, recebendo homens de todas as nações e
crenças e cultivando um extraordinário sentimento de paternidade para com
todos. O seu magistério foi muito apreciado, sobretudo com as Encíclicas
"Pacem in terris" e "Mater et magistra". Convocou o Sínodo
romano, instituiu uma Comissão para a revisão do Código de Direito Canónico e
convocou o Concílio Ecuménico Vaticano II. Visitou muitas paróquias da Diocese
de Roma, sobretudo as dos bairros mais novos. O povo viu nele um reflexo da
bondade de Deus e chamou-o "o Papa da bondade". Sustentava-o um
profundo espírito de oração, e a sua pessoa, iniciadora duma grande renovação
na Igreja, irradiava a paz própria de quem confia sempre no Senhor. Não pode
ver o término do Concilio, pois veio a falecer na tarde do dia 3 de Junho de
1963, mas seus efeitos são vistos até hoje.
Amanhã se inicia o Novenário em Honra à São João XXIII em nossa Matriz. Participe conosco desta grande festa!
Pascom
Paróquia São João XXIII
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