sábado, 30 de setembro de 2017

HOMILIA - 26º DOMINGO DO TEMPO COMUM

PARÁBOLA DOS DOIS FILHOS

Os publicanos, gente odiada em Israel, eram considerados contaminados, e as prostitutas, as últimas da sociedade, se contrapõem, no evangelho, aos fariseus, os puros, os que conhecem a lei, os que a “cumprem”. Esta parábola possui seu valor doutrinal central e alegórico no seguinte esquema:

1)    O pai dono da Vinha é Deus;
2)    A vinha é o Reino dos Céus, na sua realização terrestre;
3)    O filho primeiro que diz SIM e logo não cumpre a vontade do Pai são os fariseus. Como conhecedores da Lei, eram os primeiros que deviam ingressar no Reino. Teoricamente diziam “Sim” para aceitar o messias quando viesse, mas de fato, ante o Cristo-Messias disseram “Não”. Viram os sinais que Cristo fazia como garantia de sua missão, mas não souberam discerni-las. Por isso o Cristo disse deles: “Dizem e não fazem” (Mt 23,3); “ não entrais e não permitais os que desejam entrar” (Mt 23, 13).
4)    O filho segundo são os outros filhos de Israel, os desprezados, os publicanos e as prostitutas, que no princípio não ingressam no reino, despois, ao saber da obra de Cristo, se converteram e ingressaram. Exemplos: o publicano Zaqueu (Lc 19, 1-10); a mulher pecadora (Lc 7, 37).
O caminho de justiça (metanoia) pregado por João os fariseus não acolheram, e sim os publicanos e as prostitutas.

Aprendamos deste Evangelho: O ingresso no reino não se dá por uma formulação doutrinal ou moral, mas pela conversão e acolhida generosa do Cristo-Messias.

Pe. Raimundo José
Pároco da Paróquia São João XXIII  

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