PARÁBOLA
DOS DOIS FILHOS
Os publicanos, gente odiada em Israel, eram considerados
contaminados, e as prostitutas, as últimas da sociedade, se contrapõem, no
evangelho, aos fariseus, os puros, os que conhecem a lei, os que a “cumprem”.
Esta parábola possui seu valor doutrinal central e alegórico no seguinte
esquema:
1)
O pai dono da Vinha é Deus;
2)
A vinha é o Reino dos Céus, na sua realização terrestre;
3)
O filho primeiro que diz SIM e logo não cumpre a vontade do
Pai são os fariseus. Como conhecedores da Lei, eram os primeiros que deviam
ingressar no Reino. Teoricamente diziam “Sim” para aceitar o messias quando
viesse, mas de fato, ante o Cristo-Messias disseram “Não”. Viram os sinais que
Cristo fazia como garantia de sua missão, mas não souberam discerni-las. Por
isso o Cristo disse deles: “Dizem e não fazem” (Mt 23,3); “ não entrais e não
permitais os que desejam entrar” (Mt 23, 13).
4)
O filho segundo são os outros filhos de Israel, os
desprezados, os publicanos e as prostitutas, que no princípio não ingressam no
reino, despois, ao saber da obra de Cristo, se converteram e ingressaram.
Exemplos: o publicano Zaqueu (Lc 19, 1-10); a mulher pecadora (Lc 7, 37).
O caminho de justiça (metanoia) pregado por João os
fariseus não acolheram, e sim os publicanos e as prostitutas.
Aprendamos deste Evangelho: O
ingresso no reino não se dá por uma formulação doutrinal ou moral, mas pela
conversão e acolhida generosa do Cristo-Messias.
Pe. Raimundo José
Pároco da Paróquia São João XXIII
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